Ilha de Itaipu, no Rio Paraná.
Em 1973, o local é escolhido para a construção da hidroelétrica, tendo em vista que neste local a usina teria a maior queda d'água, em torno de 118 metros, da captação de guas até as turbinas, ocasionando assim, uma produção extraordinária de energia.
Começa uma nova e fervilhante etapa da construção de Itaipu Binacional: a concretagem da barragem. Num único dia, 14 de novembro de 1978, são lançados na obra 7.207 metros cúbicos de concreto, um recorde sul-americano, o equivalente a um prédio de dez andares a cada hora. Ou 24 edifícios no mesmo dia. A façanha só foi alcançada devido ao uso de sete cabos aéreos para o lançamento de concreto.
Ao fundo construção da barragem de contenção das águas do rio Paraná no canal de desvio.
Ao centro, construção do barragem principal.
Construção da ponte de serviços, sobre o canal de desvio, para transporte de material para as obras no leito do rio Paraná.
A obra ganha contornos de uma operação bélica. Em 1980, o transporte de materiais para a Itaipu Binacional mobilizou 20.113 caminhões e 6.648 vagões ferroviários. Já a demanda por mão-de-obra provoca filas imensas nos centros de triagem dos consórcios.
Canal de desvio do Rio Paraná está concluído.
O desvio tem 2 km de extensão, 150 metros de largura e 90 de profundidade. No mesmo dia, é assinado um contrato de US$ 800 milhões que garante a compra de turbinas e dos turbo-geradores. O novo canal permite que o trecho do leito original do rio seja secado, para ali ser construída a barragem principal, em concreto.
O Homem doma o Gigante Rio Paraná
A Itaipu Binacional passa a ser uma realidade irreversível. A escavação do desvio do Rio Paraná termina dentro do prazo. Em 20 de outubro de 1978, 58 toneladas de dinamite explodem as duas ensecadeiras que protegiam a construção do novo curso.
O Rio Paraná é desviado do seu leito normal, permitindo assim, a construção das ensecadeiras, sobre o leito do rio, para a drenagem das águas, e início das obras da barragem principal.
Começa uma nova e fervilhante etapa da construção de Itaipu Binacional: a concretagem da barragem. Num único dia, 14 de novembro de 1978, são lançados na obra 7.207 metros cúbicos de concreto, um recorde sul-americano, o equivalente a um prédio de dez andares a cada hora. Ou 24 edifícios no mesmo dia. A façanha só foi alcançada devido ao uso de sete cabos aéreos para o lançamento de concreto.
O total de concreto despejado na barragem, 12,3 milhões de metros cúbicos, seria suficiente para concretar quatro rodovias do porte da Transamazônica. A economia do Paraguai voa em céu de brigadeiro: o PIB, que havia aumentado 5% em 1975, cresce 10,8% em 1978.
O ferro e aço utilizados permitiriam a construção de 380 Torres Eiffel.
Momento da chegada da primeira roda de água da turbina, seu peso é de 300.000 kilos. O transporte de peças inteiras dos fabricantes até a usina torna-se um desafio. A primeira roda da turbina, saiu de São Paulo em 4 de dezembro de 1981 e chegou ao canteiro de obras somente em 3 de março de 1982.
Como a rede viária e algumas pontes existentes em diversas alternativas de trajeto não tinham condições de suportar o peso, a carreta que levava a peça teve de percorrer o caminho mais longo, com 1.350 km. O transporte das rodas de turbina ganharia agilidade posteriormente. O recorde foi de 26 dias de viagem entre a fábrica e a usina.
A 5 de novembro de 1982, com o reservatório já formado, os presidentes do Brasil, João Figueiredo, e do Paraguai, Alfredo Stroessner, acionam o mecanismo que levanta automaticamente as 14 comportas do vertedouro, liberam a água represada do Rio Paraná e, assim, inauguram oficialmente a maior hidrelétrica do mundo, após mais de 50 mil horas de trabalho.
ILUMINAÇÃO MONUMENTAL DE ITAIPU
A Itaipu instalou um sistema de iluminação para os turistas visualizarem a usina durante a noite, o local é transformnado num espetáculo de cores. Não só os turistas, mas a própria comunidade pode assistir a esse espetáculo proporcionado pelos refletores que iluminam a barragem e pela trilha sonora que foi criada pelo diretor musical Antonio Fava. A música torna essa imagem de luz um espetáculo único e inigualável.
Fotos: Arquivos da Itaipu Binacional. Texto: Ademar Aigner e Arquivos da Itaipu Binacional.
Brilhante relato para uma obra monumental. Parabéns!
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